terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os Passa-Vida

Osmar Júnior e Rambolde Campos

Quando o sol chegou,
clareando o dia,
foi pra me socorrer
da noite que eu vinha.

É que, nessa cidade,
tudo ficou entre nós dois.
Uma noite em claro
e o claro da noite vem depois.

O que aperta o peito
é o tempo, é o cheiro,
o amor é assim.
Eu quis você pra mim,
eu quis você pra mim.

É que, nessa cidade,
as mangueiras falam sempre em ti.
Na chuva da tarde, os passa vida
e é sempre assim.

Eu te procurei,
te achei em minha solidão.
Ah! minha solidão...
Ah! minha solidão...

Peguei pra cantar
na beira de um rio meu coração,
mandei a saudade te buscar
pra perto de mim.

Sim, eu debrucei
por sobre o meu verso o violão.
Um beijo no tempo segurei
e guardei pra você,
aqui.

É que, nessa cidade,
as mangueiras falam sempre em ti.

É que, nessa cidade,
as mangueiras falam.

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