sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Campo Branco

Elomar

Campo branco, minhas penas, que pena, secou.
Todo o bem que nós tinha era a chuva, era o amor.
Não tem nada não, nós dois vai penando assim.

Campo lindo, ai que tempo ruim!
Tu sem chuva e a tristeza em mim.

Peço a Deus, a meu Deus,
grande Deus de Abraão,
pra arrancar as penas do meu coração,
dessa terra seca em ânsia e aflição.
Todo bem é de Deus que vem.

Quem tem bem louva a Deus seu bem.
Quem não tem pede a Deus que vem.

Pela sombra do vale do rio Gavião,
os rebanhos esperam a trovoada chover.
Não tem nada, não, também no meu coração.

Vou ter relampo e trovão,
minha alma vai florescer.

Quando a amada e esperada trovoada chegar
e, antes das quadra, as marrã vão ter.
Sei que inda vou ver marrã parir sem querer,
amanhã no amanhecer.

Tardã, mais sei que vou ter;
meu dia ainda vai nascer.

E esse tempo da vinda tá perto de vim,
sete casca aroeira cantaram pra mim.
Tatarena vai rodar, vai botar fulô.

Marela de uma vez só,
pra ela de uma vez só.

Nenhum comentário: