sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Alma Nova


Zeca Baleiro

Sempre que te vejo assim,
linda, nua e um pouco nervosa,
minha velha alma
cria alma nova,
quer voar pela boca,
quer sair por aí.

E eu digo:
— Calma, alma minha, calminha...
Ainda não é hora de partir.

Então ficamos, minha alma e eu
olhando o corpo teu, sem entender
como é que a alma entra nessa história,
afinal o amor é tão carnal.

Eu bem que tento, tento entender,
mas a minha alma não quer nem saber,
só quer entrar em você,
como tantas vezes já me viu fazer.

E eu digo:
— Calma, alma minha, Calminha!
Você tem muito o que aprender...

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