terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quase Nada


Zeca Baleiro

De você, sei quase nada,
pra onde vai ou porque veio
nem mesmo sei qual é a parte
da tua estrada no meu caminho.

Será um atalho ou um desvio?
Um rio raso, um passo em falso?
Um prato fundo pra toda fome
que há no mundo?

Noite alta que revele
o passeio pela pele,
dia claro, madrugada,
de nós dois não sei mais nada.

Se tudo passa, como se explica
o amor que fica nessa parada?
Amor que chega sem dar aviso,
não é preciso saber mais nada.

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