em memória do colega arquiteto Daniel Cohen
Morte, vela, sentinela soudo corpo deste meu irmão que já se vai.
Revejo nesta hora tudo que ocorreu,
memória não morrerá.
Vulto negro em meu rumo vem
mostrar a sua dor, plantada nesse chão.
Seu rosto brilha em reza, brilha em faca e flor,
memória não morrerá.
Precisa gritar sua força, ê, irmão!
Sobreviver! A morte inda não vai chegar
se a gente, na hora de unir, os caminhos num só,
não fugir nem se desviar.
Precisa amar sua amiga, ê, irmão,
e relembrar que o mundo só vai se curvar
quando o amor que em seu corpo já nasceu
liberdade buscar na mulher que você encontrou.
Morte, vela, sentinela sou
do corpo deste meu irmão que já se foi!
Revejo nesta hora tudo que aprendi,
memória não morrerá.
Longe, longe, ouço essa voz
que o tempo não vai levar.
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