sexta-feira, 3 de abril de 2009

brincando de ser eterno

Nilson Chaves

tentei segurar a água na mão,
a água escorreu.
ficou um pouco que o sol secou,
e aí mais nada.

de repente era o futuro que jamais pensei,
porque, de ingênuo, quis acreditar
que algo no mundo podia brincar
de ser eterno.

e eu sorri pro desembarcadouro
e desembarquei, não sem sofrimento,
porque algo em nós quer permanecer.
mas falam de um tempo onde era o nada
e, se havia um nada, havia um ser.

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