quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

azulejo

Zeca Baleiro

era uma bela, era uma tarde, o casario,
era um cenário de um poema de Gullar.
tão de repente, ela sumiu numa viela;
eu no sobrado, vi uma sombra em seu lugar.

cada azulejo da cidade ainda recorda
e cada corda onde tanjo a minha dor...

no alaúde da saudade,
num velho banjo, num bandolim,
chorando o fim do nosso amor.

a primavera bem virá depois do inverno,
a flora em festa nos trará outro verão.
eu fecho a casa, dou adeus ao gelo eterno;
vou viver de brisa, arder em brasa
no calor do Maranhão.

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